terça-feira, 6 de novembro de 2012

Remédio contra esclerose múltipla diminui crises: eficácia nos testes

O medicamento “alemtuzumabe”, normalmente utilizado para tratar a leucemia, provou ser eficaz no combate à esclerose múltipla.

A droga diminuiu a ocorrência de novas crises e reduziu a atrofia cerebral.

É o que mosrtra um estudo desenvolvido pela Universidade de Cambridge.
 Os resultados foram publicados na semana passada na revista The Lancet.
De acordo com o estudo, coordenado pelo cientista Alasdair Coles, a droga é mais eficaz do que os medicamentos usados até agora para controlar a esclerose múltipla porque reduz a incidência de novas escleroses nas fibras nervosas do cérebro, que causam as atrofias cerebrais e as crises.

Para este estudo foi analisado um grupo de 1.421 pessoas portadoras da doença, com idades compreendidas entre os 18 e 55 anos.

A amostra para esta pesquisa foi dividida em pacientes que já tinham sido submetidos a algum tratamento para doença e pacientes que nunca tinham feito qualquer terapia.

Na fase dos testes clínicos verificou-se que os pacientes que faziam o tratamento para a doença, mas continuavam a manifestar crises, registaram uma queda nas crises de quase 50%, após ingestão do “alemtuzumabe”.

Isso em compração com os resultados do medicamento usado para conter esta doença, o interferon beta-1a (Rebif).

Para os doentes que nunca efetuaram qualquer tipo de tratamento, os resultados da utilização do “alemtuzumabe” foram semelhantes, observando-se uma diminuição significativas das crises.

Para além destes resultados, verificou-se que ao fim de dois anos, 65% dos doentes não tiveram nenhuma crise enquanto tomavam este medicamento, enquanto no grupo que recebeu outro medicamento este valor foi de 47%.

Apesar dos benefícios desta droga e do seu grau de eficácia, Alasdair Coles ressalva que este medicamento pode ter efeitos colaterais, como o aparecimento de outras doenças auto-imunes, como a tireóide, que se desenvolveu em  20% dos pacientes. Os médicos esperam contornar o problema com uma alta monitorização.

Detalhes do estudo no The Lancet.

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